VIVIAN MARY BARRAL DODD RUMJANEK
Cv Lattes: http://lattes.cnpq.br/9771426963462503
e-mail: vivian@bioqmed.ufrj.br
Instituto de Bioquímica Médica, Leopoldo de Meis, UFRJ
Projeto
PRODUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) DE TERMOS DE ONCOLOGIA
Resumo de divulgação científica
Na ausência de dados mais recentes, o Censo de 2010 estimava o número de 9,7 milhões de surdos no Brasil. Além disso, não há uma pesquisa atual que mostre o percentual de surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como única forma de comunicação nem o percentual daqueles que usam a língua portuguesa somente na sua forma escrita. O acesso à informação deveria ser direito de todos e de todas as áreas, lembrando que a área de divulgação científica é primordial para o exercício da cidadania da população que, passa então, a ter acesso a informações sobre diferentes aspectos da nossa sociedade incluindo saúde, prevenção e diagnósticos precoces de doenças como, por exemplo, o câncer cuja incidência em 2022 era de cerca de 704.000 casos (INCA, 2023). No entanto fica bem aparente que a comunidade surda se encontra afastada do conhecimento científico básico como resultado da barreira linguística, uma vez que as informações são transmitidas majoritariamente na língua portuguesa e veiculadas na imprensa através do rádio, televisão, jornais e mídias sociais (SCHIAFFINO, R.S.; RUMJANEK 2011; BARRAL, 2011, SILVA et al 2020). Diante dessa situação, a proposta de criar um glossário bilíngue sobre câncer para a educação de surdos visa, através do desenvolvimento de sinais em Libras, ensinar e aprender a construir sentidos, permitindo que as minorias linguísticas sejam contempladas com o mesmo acesso à informação que as maiorias linguísticas dispõem. O grupo envolvido na construção de um glossário bilíngue em Câncer possui experiência no desenvolvimento de novos sinais na área de Biociências. Além da elaboração e divulgação de um glossário bilíngue de termos científicos sobre oncologia em Libras, o mesmo será testado em diferentes grupos de surdos e sofrerá adequações, se necessário, para que haja uma comunicação científica equânime para a comunidade surda.
Equipe
Fabíola Candida de Lima Gomes Corrêa – Pós Graduação
Colaboradores
Julia Barral - Escola Americana do Rio de Janeiro
Nuccia De Cicco - IBqM/UFRJ