JOÃO ALFREDO DE MORAES
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e-mail: joaomoraes@icb.ufrj.br
Laboratório de Biologia RedOx Instituto de Ciências Biomédicas (ICB)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Projeto
POLARIZAÇÃO DE NEUTRÓFILOS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE AO CÂNCER
Resumo de divulgação científica
Atualmente, as células tumorais não são mais vistas como ilhas isoladas dentro dos tecidos. Para entender o crescimento tumoral torna-se necessário conhecer detalhadamente o microambiente que circunda o tumor, que é constituído por diversos tipos celulares. Tradicionalmente, as células do sistema imune são consideradas protetoras do organismo, eliminando tanto infecções quanto potenciais células tumorais. No entanto, no contexto da progressão tumoral, estas células têm suas funções modificadas, sendo alternativamente ativadas, de modo a agir contra o organismo e em prol do tumor. Estudos recentes comprovaram a existência de dois diferentes fenótipos que os neutrófilos podem assumir no foco tumoral, denominados N1 (antitumoral) e N2 (pró-tumoral). Evidências mostram que esse microambiente é rico em pequenos fragmentos de membrana plasmática produzidos abundantemente pelo tumor, denominados vesículas extracelulares (VE), que possuem a capacidade de afetar outras células. Entretanto, existem poucos estudos que mostrem a contribuição dessa interação na modulação de neutrófilos. Nosso grupo elaborou um modelo in vitro de polarização de neutrófilos humanos para o fenótipo tipo N1 ou N2. Nós estabelecemos um protocolo de purificação de VE produzidas a partir de células de melanoma, com o objetivo de estudar a interação dessas VE com neutrófilos humanos. Nossos dados mostram que as VE apresentam papel importante na polarização dos neutrófilos para um fenótipo tipo N2. Portanto, a inibição da produção ou do efeito de VE como alvo terapêutico no tratamento do câncer é de extrema relevância. No entanto o efeito dessas VE in vivo ainda não foi avaliado. Desta forma nosso objetivo é investigar sobretudo a importância das VE de melanoma e também de câncer de mama e glioblastoma na polarização de neutrófilos e, consequentemente, a progressão do tumor. Assim, a elucidação dos mecanismos de liberação ou ação das VE poderia levar a descoberta de alvos específicos para o tratamento do câncer.
Equipe
Aline Casimiro – Pós-Doutoranda
Carolline Amorim – Pós Graduação
Helber Valença – Pós Graduação
Mariana Maciel – Pós Graduação
Colaboradores
Julio César Madureira de Freitas Júnior (UERJ)
Luís Eduardo Quintas (UFRJ)
Manuella Lanzetti (UFRJ)
Mariana Renovato Martins (UFF)
Samuel dos Santos Valença (UFRJ)